sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Podemos aprender sobre o teatro primitivo pesquisando três fontes:


As tribos aborígenes.
As pinturas das cavernas pré-históricas.
E a inesgotável riqueza de danças mímicas e costumes populares que sobreviveram pelo mundo afora.

O teatro dos povos primitivos assenta-se no amplo alicerce de impulsos primários, dos encantamentos de caça dos nômades da Idade da Pedra, das danças de fertilidade e colheita dos primeiros lavradores do campo, totemismo e xamanismo e dos vários cultos divinos.

Dessas concepções um indivíduo extrai as forças elementares que transformam o homem em um meio capaz de transcender-se a seus semelhantes.

Não somente os festivais de Dioniso da antiga Atenas, mas a Pré-história, a história da religião, a etnologia e o folclore oferecem um material abundante sobre danças rituais e festivais das mais diversas formas que carregam em si as sementes do teatro.

Mas o desenvolvimento e a harmonização do drama e do teatro demandam forças criativas que fomentem seu crescimento; é também necessária uma auto-afirmação urbana por parte do indivíduo, junto a uma estrutura metafísica.
Sempre que essas condições foram preenchidas surgiu-se um florescimento do teatro.

A forma de arte começa com a epifania do deus e, em termos puramente utilitários, com o esforço humano para angariar o favorecimento e a ajuda do deus.

Os ritos de fertilidade que hoje são comuns entre os índios Cherokees quando semeiam e colhem seu milho têm seu contraponto nas festividades da corte japonesa, mímica e musicalmente mais sofisticadas, em honra do arroz; assemelham-se também ao antigo festival da espiga de trigo dourada, celebrando anualmente em Elêusis pelas mulheres da Grécia.










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