segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Continuação de Minha vida na Arte de Stanislavski. Lindo lindo..





Um dos admiradores de Stanislavski em começo de suas experimentações teatrais, além de sua família, era o contador da família. Este, depois que Stanislavski começa a fazer teatro de marionetes para a família, começou até a levar sua esposa e filhos para assistirem as apresentações.

Assim que Stanislavski muda de apresentações de circo em sua casa, para de teatro de marionetes, as apresentações de circo que a família assistia, começam a ser substituídas pelas de teatro. Não que ele estava negando o circo. Imagina. Não era uma traição, e sim - afirmava o pequeno Stanislavski em qualidade de futuro diretor - se tratava de uma triste necessidade. O mais importante naquele momento, era ver as apresentações de teatro e coletar idéias para sua apresentação de marionetes.

O teatro de marionetes também exigia alguns gastos. Precisavam de uma mesa grande, de uma estrutura com o espaço vazio no meio para os bonecos aparecerem. Este trabalho também teria a intervenção do irmão mais velho de Stanislavski, que era desenhista e inventor de diversos truques. E também sua participação era importante porque cuidava do dinheiro e Stanislavski e seu irmão mais novo precisavam de capital circulante.

Também tinha um carpinteiro, que Stanislavski conhecia desde que nasceu, e que fazia trabalhos para sua família, que se apiedou deles e os ajudou com o pagamento a prazo. As crianças diziam que logo seria Natal, e Páscoa, e ganhariam dinheiro de presente e poderiam lhe pagar.

Enquanto era construída a estrutura, começaram com a decoração. Primeiro tiveram que desenhar em papéis de embrulhos, que rasgava e enrugava, mas não se desanimavam, pois passado um tempo, iriam se enriquecer, com as entradas cobradas em dinheiro de verdade, comprariam cartões e colariam em cima dos papéis de embrulho.

Não podiam pedir dinheiro para seus pais que poderiam se sentir incomodados com este entretenimento e que com certeza já os estavam distraindo dos estudos.

Mas desde o momento em que eles se sentiam empresários, diretores de cena e gerentes deste novo teatro que estava sendo construído segundo seus planos, suas vidas se encheram imediatamente de sentido...




quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Sobre Stanislavski em Minha Vida na Arte



Desde criança, Stanislavski era apaixonado por circo, teatro, e pelo ballet. As únicas coisas para se fazer depois de semanas tediosas de trabalho, em meados de 1870. Como sua mãe não queria educar suas crianças para serem mimadas, não levando-os todos os finais de semana para verem apresentações culturais da época, Stanislavski e seu irmão resolvem fazer seu próprio circo.

 Stanislavski era o diretor e jura solenemente dar um bom desenvolvimento a sua posição, seu irmão seria a orquestra. Porém seu irmão, parava as apresentações no meio, e abria a boca para cima, gritando que não queria mais tocar. Stanislavski o subornava com achocolatado para que voltasse a tocar, no entanto, a peça já tinha sido cortada, e perdido o aspecto de seriedade que Stanislavski tanto queria. Esse era o propósito: fazer de verdade, fazer com seriedade. Se não fosse para ser assim, Stanislavski não tinha interesse.

Teve pouco público, como era natural, era sempre os de casa. Não existe em todo o mundo, um teatro ou um ator, nem sequer entre os piores, que não tenham admiradores. Estes estão convencidos que ninguém além deles compreende os talentos ocultos de seus protegidos, e que o resto do mundo ainda não reparou neles.