quinta-feira, 24 de setembro de 2015


Minha vida na arte, de Constantin Stanislavski.


Em Minha vida na arte, Stanislavski recorda desde o começo de sua vida, a influência da arte em sua história. Mesmo até sem saber que era arte.



Foi estimulado a escrever Minha vida na arte, e ele escreveu. Escreveu uma versão em inglês, antes de completar a russa. A em inglês foi reconhecida por ele como uma obra escrita às pressas. E assim, quando voltou para a Rússia, completou sua obra de forma melhor. E esta é a versão em espanhol de "Minha vida na arte", tirada diretamente da versão russa.
Nela ele narra suas travessuras e típicas viagens mentais infantis, e cheias de ego, que nenhum pai está muito bem preparado para enfrentar, de quem nasceu, definitivamente para a arte.


É fruto de grandes reflexões:


De 1922 no outono, até o outono de 1924, o Teatro de Arte de Moscou esteve em uma turnê pelo Canadá, Estados Unidos e vários países europeus. Não era o primeiro giro que a companhia fazia fora da Rússia, mas foi a mais prolongada e a que se representou um maior número de obras.

O êxito imediato que tiveram, induziu a uns empreendedores de editoras norte americanas a propor a Stanislavski que escrevesse um livro de memórias, e que pudesse ser editado em um só volume.

Possivelmente era uma ideia que Stanislavski vinha pensando anteriormente, e ele aceitou (graças à Deus!).

Stanislavski tinha 60 anos. Começou a escrever em março de 1923, e foi sendo desenvolvidos em condições nada fáceis: viagens constantes, mudanças de hotéis, supervisão de posicionamento de cenário e luz, ensaios gerais, entre outros trabalhos que Stanislavski era insubstituível.

Ele teve um período de descanso entre a turnê da Europa e a dos Estados Unidos, mas isso não foi o suficiente para Stanislavski terminar o livro. Assim, durante a turnê dos EUA, Stanislavski continuou a escrever quando não estava executando suas funções, entre apresentações e montagens, e em horas de lanche.

Somente graças a esse ritmo intenso que o livro foi terminado em fevereiro de 1924. Foi escrito em menos de 1 ano. E por esse motivo que em comparação com Mi Vida en el arte, esta obra se encontra incompleta. Não recorre a acontecimentos importantes e respostas de perguntas há muito tempo formuladas para Stanislavski.

Quando Stanislavski voltou a Moscou, no outono de 1924, preparou a versão russa de Minha vida na arte. Foi publicada em 1926 na Rússia, e já não foi retocada posteriormente por seu autor.

É esta a reprodução que temos em "Mi vida en el arte", imagem acima, que também foi traduzida em várias outras línguas.
Assim, Stanislavski também continuou seu trabalho anterior, "O trabalho do ator sobre sí mesmo" de caráter mais teórico e técnico.

Minha vida na arte é mais que uma autobiografia, pois há vários momentos que se interrompe a linha narrativa e surge outra reflexiva, em que o autor expõe suas preocupações e aponta soluções para melhorar a arte do ator.

A preocupação pelo aperfeiçoamento do trabalho do ator está presente no desenrolar de todo o livro. Minha Vida na arte oferece uma minuciosa descrição da vida do autor.

O que faz Stanislavski é uma seleção dos acontecimentos de sua vida teatral que melhor podem ilustrar sua teoria pedagógica, que nunca deixa de estar presente nas páginas mágicas deste volume.














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