sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Sobre Meyerhold e Brecht ( cont.)


Meyerhold:


Anterior à guerra de 1914 o teatro recebeu o acréscimo do princípio do grotesco onde acontecerá: representações plenas da existência humana, de suas contradições básicas, sem o acúmulo de detalhes.

Meyerhold vê neste recurso grotesco um recurso rearmonizador, capaz de propiciar uma nova epifania do belo.

Deve-se procurar no simbolismo, é certo, o impulso para tal leitura. Em vez da negatividade que lhe é imputada em geral, um claro impacto da ideologia política ressurgiu e também um horizonte de expectativas revolucionárias.

Um passo à frente veio a ser dado com a segunda mise en scène. Ele vinha ao encontro de um teatro militante e partidário, mas com um repertório engajado, o que também pode-se afirmar que Maiakóvski encontrava em Meyerhold o seu dramaturgo, se é que jamais teve algum.

Se desenvolvem então as buscas de Meyerhold quanto ao enquadramento de suas montagens, todas elas focadas num teatro de participação, de renovação, de crítica satírica capaz de delinear aberta e berrantemente posições e definições.

Brecht:


O Teatro pode proporcionar-nos prazeres simples, e prazeres intensos, complexos.

Há a idéia da necessidade que o público necessita de um teatro que não proporcione somente as sensações, as ideias e os impulsos que são permitidos pelo respectivo contexto histórico das relações humanas ( o contexto em que ações se realizam), mas sim, que se empregue e suscite pensamentos e sentimentos que desempenhem um papel na modificação desse contexto.

Distanciamento: o ator deve pôr de lado tudo o que havia aprendido para provocar no público um estado de empatia perante suas configurações.
Além de não tentar induzir o público a qualquer espera de transe, o ator não deve também colocar-se em transe.










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