terça-feira, 23 de junho de 2015

Sobre o Livro  VOZ, PARTITURA DA AÇÃO

de Lucia Helena Gayotto




Esta é a continuação do estudo de Ação Vocal.
(na postagem do dia 09/04/2015 tem mais sobre isso)

Então, o que se refere a Ação Vocal: ela é a união de Recursos Vocais e de Forças Vitais.

Recursos vocais: Respiração, intensidade, frequência, ressonância, articulação; os recursos resultantes que são dinâmicas da voz: projeção, volume, ritmo, velocidade, cadência, entonação, fluência, duração, pausa e ênfase.
Esses recursos combinados expressam as intenções e/ou sentidos vocais na emissão.

Forças Vitais: São aquelas por meio das quais se opera a relação sensível com o mundo, fundamentalmente no que permite a expansão da vida em seus vários planos.
Dizem respeito ao querer, ao imaginar, ao conceber, ao atentar, ao perceber. No  caso da voz, tais forças sustentam e fazem com que esta venha à tona instigada pelas sensações, afetos, vontades e desejos.

Na construção vocal do personagem muitas vozes são possíveis, até as consideradas esteticamente desagradáveis ou mesmo com características semelhantes à voz disfônica.

O ator por sua vez, precisa estar disponível durante seu processo criativo, desde as primeiras leituras da peça até a estréia, a investigar várias maneiras de expressar vocalmente o personagem na montagem do texto teatral.

Importante!!!
Na busca da voz do personagem seria desejável que nenhuma restrição fosse imposta, possibilitando o máximo de experimentações pelo ator.
A produção de voz no teatro é uma busca deliberada, intensificada e sistemática, de promover o mais possível o encontro dos Recursos vocais e das Forças vitais.
Quando a emissão da voz cênica é uma fusão das Forças Vitais e dos Recursos Vocais, tem-se o que é chamado AÇÃO VOCAL:
Voz interferindo decisivamente na situação cênica e, consequentemente, afetando os rumos do espetáculo e atando (amarrando) o espectador à sua atuação.

LEMBRE-SE:
A busca em relação à voz tanto quanto à interpretação do personagem, é e deve sempre ser, INTENSA.
Isso significa que atuação no teatro e vida real é normal se confundirem. Não se preocupem. Alguns meses depois da última apresentação de cada respectiva peça, você já começa a conseguir se desvencilhar e estar pronto para um próximo personagem; só não leva isso pra vida toda. O que a gente leva, é a experiência e o aprendizado de cada peça..



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